sábado, 7 de junho de 2014

Sabe?!

Eu não sei tanta coisa assim, e se os anos passaram, senti mais o envelhecimento do que absorvi os ensinamentos da caminhada. Subi ladeiras quilométricas até chegar a topos vazios. Desci vales obscuros e em suas cavidades encontrei apenas a mim mesmo, nu com a minha alma.

Acontece que as coisas não são mais tão fáceis assim, e respirar já exige demasiado esforço. No emaranhado de ser eu, me perco em quem sou e me vejo noutro alguém. Mas nada disso apavora minhas ilusões coloridas de esperança. No fundo, sinto que as irregularidades deste caminho só me mostram o quão passageiro sou, deste automóvel chamado vida.

Após anos, encontrei um sorriso nos olhos de alguém, que me sorri com lábios de amor. Suas palavras afagam meu ser e, emanadas de amor, me fazem sentir a leveza de ser e viver intensamente. Esses olhos desta, a quem dedico minha felicidade, transparecem calma em brilho. E os reflexos destes olhares, sempre se findam em um abraço tão nosso.

Por certo, ainda devo não entender muita coisa, por muito tempo. Acredito que os astros ainda não inventaram todas as explicações para as coisas que ainda não sei explicar. De algum modo, Deus não explicou aquilo que eu sei que, no fundo, nunca saberei. E sim, talvez tantas voltas por sobre estas palavras, sejam simplesmente para emoldurar minha loucura em lacunas vazias, de certo branco azulado, que tudo e nada explica.

Exijo apenas o amor, de forma certa não o conheço, mas sei que este tal faz o bem. Dentro de tantas ideologias achistas, só acredito que o sorriso é filho do amor, primo-irmão do abraço, neto do beijo e amante da boca. E entendo que, dentro deste vendaval de tantas afirmações histéricas, existe a essência da felicidade. E que isto não passa de um simples entendimento de que, ser o outro é o caminho para saber quem o outro é.

Palavras soltas à parte, eu percebo, que em mim há uma gana de experimentar essas loucuras vivas com você. De entender que na verdade não conseguiremos descobrir muita coisa, mas que estaremos juntos nesta busca insana. Alívio meu são tuas mãos ao final do dia, que desempoeiram meus cabelos, tocam o meu corpo maculado e entrelaçam minhas mãos tão inseguras.

Por fim, que juntos possamos ser o começo. E que tal união não seja separada por maus sentimentos. Desejo restaurar todos os dias nosso amor, limpá-lo do tédio, e o embalar em tecidos de pura lealdade.


MeloLima

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